Online e gratuito, o curso busca dar visibilidade a um direito que, de tão indispensável à vida digna e à própria sobrevivência, muitas vezes não é sequer percebido e tem sua violação naturalizada, e sua realização, encarada como benevolência, como favor.
Seguem os recortes e as autoras e autores:
1 – Histórico e conceito – Nayara Côrtes Rocha 2 – Exigibilidade – Flavio Luiz Schieck Valente 3 – Abastecimento – Julian Perez-Cassarino e Priscila Diniz 4 – Economia – Grazielle Custódio David
Para cada módulo, realizamos uma live como “aula-entrada” com quem escreveu o conteúdo. Assista aqui.
Com esse conteúdo, a FIAN pretende oferecer mais uma ferramenta para as lutas sociais por soberania alimentar, contribuindo para uma compreensão política de temas como alimentação e nutrição, para a criação de uma cultura de direitos e para o fortalecimento dos seus sujeitos.
A iniciativa tem apoio de Pão Para o Mundo (PPM – Brot für die Welt) e Misereor.
Coleção de quatro módulos produzida pela FIAN Brasil. Online e gratuito, o curso busca dar visibilidade a um direito que, de tão indispensável à vida digna e à própria sobrevivência, muitas vezes não é sequer percebido e tem sua violação naturalizada, e sua realização, encarada como benevolência, como favor.
Comer de maneira adequada é um direito ou um privilégio? Por que comemos o que comemos e da forma como comemos? Quais elementos, instituições e atores sociais definem ou influenciam a forma como comemos? Quais os impactos desse modelo?
Estas provocações fazem parte do conteúdo do primeiro módulo do Curso Básico de Direito Humano à Alimentação e à Nutrição Adequadas (Dhana), que a FIAN Brasil – Organização Pelo Direito Humano à Alimentação e à Nutrição Adequadas lança nesta quarta-feira (3).
Online e gratuito,
o curso trata o assunto a partir da perspectiva dos direitos humanos (DH). “O
direito à alimentação parece tão óbvio que, por vezes, acaba sendo
invisibilizado. Isso faz com que sua violação seja naturalizada, e sua
realização, percebida como caridade, benevolência”, explica a assessora de
Direitos Humanos da FIAN Brasil Nayara Côrtes. Ela acrescenta que conhecer a
história de luta por direitos humanos, os pactos, legislações internacionais e
nacionais firmados, e os instrumentos para exigir seu cumprimento, oferece
outra perspectiva. “Direito não se pede, exige-se, e isso faz muita diferença.
O curso tem como objetivo mostrar várias perspectivas desse direito tão
fundamental e tão amplo que é o direito a se alimentar de maneira adequada e
saudável, e ter uma vida digna.”
“Afirmar alimentação como direito, em um momento como este
que vivemos agora, em que ficam evidentes os impactos do neoliberalismo na vida
das pessoas, é de grande importância”, analisa a secretária-geral da FIAN
Brasil, Valéria Burity. Ela lembra que o modelo neoliberal como racionalidade
está presente não só no mercado ou no Estado, mas também na sociedade, e que uma
parcela da população que sofre violações de direitos acaba reforçando pautas
opressoras por causa desse pensamento dominante.
“Esperamos com o curso contribuir para a politização de
temas como alimentação e nutrição, para criação de uma cultura de direitos e
para o fortalecimento dos seus sujeitos. É mais uma ferramenta para as lutas
sociais por soberania alimentar”, conclui.
Os módulos seguintes aprofundarão a temática do Dhana pelos recortes do abastecimento, da exigibilidade e da economia.
A iniciativa tem apoio de Pão Para o Mundo (PPM – Brot für die Welt) e Misereor.