A Articulação das seções e grupos da FIAN na América Latina e Caribe (México, Guatemala, Honduras, Equador, Colômbia, Paraguai, Brasil e Haiti) manifesta sua extrema preocupação com a situação política, social e de violação de direitos humanos em Honduras depois do processo eleitoral realizado no dia 26 de novembro.
Manifestamos nossa solidariedade com o povo e com os movimentos sociais de Honduras que denunciam a fraude contra o candidato Salvador Nasralla, da “Aliança de Oposição contra a Ditadura”.
Reconhecemos que houve um golpe de estado em Honduras em 2009, golpe que foi seguido de outros golpes no Paraguai (2012) e recentemente no Brasil (2016). Estes, são movimentos de rupturas democráticas que abrem portas para políticas económicas que só beneficiam poderosos setores econômicos e que agravam o quadro de violações de direitos na América Latina.
Reconhecemos que o recente processo eleitoral no país esteve marcado por irregularidades. Na verdade, a Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE-UE), que acompanhou o processo eleitoral em Honduras, constatou em várias declarações públicas e em particular em sua Declaração Preliminar, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não manteve uma comunicação fluida c durante a eleição, o que constitui uma ausência de transparência e contraria os direitos de exercício da cidadania.
Repudiamos os atos de violência contra as manifestações dos movimentos populares e os cidadãos, em geral, que têm se pronunciado massivamente contra os resultados do processo eleitoral tão questionado pela atitude pouco transparente do TSE e a negativa desta instância em aceitar as impugnações apresentadas. Temos noticias de violações de direitos relacionadas aos protestos e reações com a fraude eleitoral: 22 pessoas assassinadas, mais de 250 pessoas detidas, número indefinido de pessoas afetadas por gás lacrimogênio, 3 prefeituras queimadas localizadas em Siguatepeque Comayagua, Azacualpa e San Francisco de Ojuera em Santa Bárbara e graves ameaças de fechamento a mídias que transmitem informações não censuradas como UNETV e Radio Progresso, que teve sua antena retransmissora em Tegucigalpa abatida misteriosamente em 10 de dezembro.
Esperamos que os outros Estados não reconheçam os resultados eleitorais fraudulentos e que exijam uma revisão do processo eleitoral em Honduras com a observação de órgãos regionais e internacionais de direitos humanos.
Finalmente, apoiamos as ações de resistência tanto em Honduras como em todos os países da América Latina. Nós permanecemos vigilantes para que os homens e as mulheres que lutam pela vida, pela liberdade, pela democracia e pelos direitos humanos possam manter a firmeza de sua luta para prevalecer a dignidade humana.
18 de dezembro de 2017
Articulação das seções e grupos da FIAN na América Latina e Caribe (México, Guatemala, Honduras, Equador, Colômbia, Paraguai, Brasil e Haiti)
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Nota de la Articulación de las secciones y grupos de FIAN en América Latina y el Caribe (México, Guatemala, Honduras, Ecuador, Colombia, Paraguay, Brasil y Haití) sobre la situación política en Honduras
La Articulación de las secciones y grupos de FIAN en América Latina y el Caribe (México, Guatemala, Honduras, Ecuador, Colombia, Paraguay, Brasil y Haití) manifiesta su extrema preocupación por la situación política, social y de violación de derechos humanos en Honduras tras el proceso electoral.
Manifestamos nuestra solidaridad con el pueblo y con los movimientos sociales de Honduras que denuncian el fraude contra el candidato Salvador Nasralla, de la “Alianza de Oposición contra la Dictadura”.
Reconocemos que hubo un golpe de estado en Honduras en 2009, golpe que fue seguido por otros golpes en Paraguay (2012) y recientemente en Brasil (2016). Estos son movimientos de rupturas democráticas que abren puertas a políticas económicas que sólo benefician a poderosos sectores económicos y que, por ello, agravan el cuadro de violaciones de derechos en América Latina.
Reconocemos que el reciente proceso electoral en el país estuvo marcado por irregularidades. De hecho, la Misión de Observación Electoral de la UE (MOE-UE), que acompañó el proceso electoral en Honduras, ha constatado en varias declaraciones públicas, y en particular en su Declaración Preliminar, que el Tribunal Supremo Electoral (TSE) no ha mantenido una comunicación fluida con la ciudadanía durante el escrutinio, lo que constituye una ausencia de transparencia y contraviene los derechos de la ciudadanía.
Repudiamos los actos de violencia contra las manifestaciones de los movimientos populares y la ciudadanía en general, que se han pronunciado masivamente en contra de los resultados que ofrece un proceso electoral tan cuestionado por la actitud poco transparente del Tribunal Supremo Electoral y la negativa de esta instancia para aceptar las impugnaciones presentadas en tiempo y forma. Tenemos noticias de violaciones de derechos relacionadas a las protestas y reacciones contra el fraude electoral: 22 personas asesinadas, más de 250 detenidos por las protestas (ver: www.defensoresenlinea.com COFADEH), número indefinido de personas golpeadas o afectadas por gases lacrimógenos, 3 alcaldías incendiadas ubicadas en Siguatepeque Comayagua, Azacualpa y San Francisco de Ojuera en Santa Bárbara, y de graves amenazas de cierre a medios de comunicación que transmiten informaciones sin censura como son UNETV, y Radio Progreso, que su antena repetidora en Tegucigalpa fue misteriosamente derribada el pasado 10 de diciembre.
Esperamos que los demás Estados no reconozcan los fraudulentos resultados electorales y que exijan la revisión del proceso electoral de Honduras con observación de los órganos regionales e internacionales de derechos humanos.
Finalmente, apoyamos las acciones de resistencia tanto en Honduras como en todos los países de América Latina. Seguimos vigilantes para que los hombres y las mujeres que luchan por la vida, la libertad, la democracia y los derechos humanos, mantengan la firmeza de su lucha por hacer prevalecer la dignidad humana.
18 de diciembre de 2017
Articulación de las secciones y grupos de FIAN en América Latina y el Caribe