Especialistas debatem trajetória de enfrentamento da pobreza

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“A trajetória histórica da segurança alimentar e nutricional e o enfrentamento da fome e da pobreza no Brasil” foi um dos temas em debate na reunião plenária do Conselho Nacional de Alimentar e Nutricional (Consea), realizada nesta quarta-feira (8) em Brasília (DF). Representantes da sociedade civil e do governo fizeram um resgate da construção da política de segurança alimentar e nutricional no país.

Na mesa inaugural de debates, Anna Peliano, pesquisadora do Núcleo de Estudos em Nutrição e Pobreza da Universidade de São Paulo (USP), apresentou o levantamento de informações que foi usado à época da criação do 1° Plano de Combate à Fome e da primeira formação do Consea. Os princípios do plano eram solidariedade, parceria e descentralização. “A alimentação é um direito constitucional. Apesar do histórico de avanço é preciso que a sociedade continue mobilizada para garantir a segurança alimentar e nutricional”, disse ela.

Professor do Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA/UFRRJ), Renato Maluf, falou sobre a “Politização da fome, mobilização social e construção de um programa de governo”. “Da segunda metade dos anos 80 e início dos anos 90, houve um momento fundamental de contribuição de um número grande de atores sociais para desmontar as visões tecnicistas sobre desnutrição de fome, tanto do ponto de vista da agricultura quanto da saúde e nutrição”, destacou ele, que foi presidente do Consea de 2007 a 2011 e participou como conselheiro até 2016.

A secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social (Sesan/MDS), Lílian Rahal, apresentou a linha do tempo da institucionalização do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e a importância desse mecanismo nos estados e municípios. “A estratégia do ponto de vista do governo federal ao longo desses anos, em paralelo com todos os programas e todas as ações que nós vínhamos implementando, foi criar, fortalecer e estruturar um sistema público de segurança alimentar para poder olhar pra frente e que, numa passagem de governo, nós tenhamos perspectiva de continuar olhando para a segurança alimentar e nutricional como a possibilidade de seguir com esse tema na agenda de uma maneira mais estruturada”, explicou ela.

Fonte: Ascom/Consea

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